A poem should not mean
But be.
— Achibald MacLeish
But be.
— Achibald MacLeish
Quando a tristeza beija minha pele fria
E a solidão desperta um novo pessimismo
E com prazeres de suicida sonho e cismo,
É necessário compor outra poesia.
Risco o papel com desespero, fel e tinta.
Em cada rima meu pavor é sangue e pus,
E no final o meu soneto em si traduz
Toda paisagem que no túmulo se pinta.
Contemplo exausto a tempestade do meu feito
E, na certeza que estarei vivendo em vão,
Sinto-me carne podre dentro de um caixão.
Porque meu verso é uma facada no meu peito,
É um afogado que se atira em todo mar,
É alguém que parte para nunca mais voltar...
Eduardo Borges, abril de 2007.
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(*) Ars Poetica [do latim "A Arte da Poesia"], foi um tratado escrito pelo poeta lírico Horácio por volta do ano 18 a.C. A citação foi tirada de um poema homônimo de Archibald MacLeish (1892-1982). Mais informações: http://en.wikipedia.org/wiki/Ars_Poetica.
9 comentários:
mais um belo soneto
já são muitos senhor Rebellis
adoro poesias melancólicas e você é ótimo nisso!
eaiuheaiuheea
belíssimo soneto
apenas uma correçãozinha, acho que erro de digitação
"contemplo"
fleww
parabéns!
Muito bom. Muito bom, mesmo. Gostei muito.
Acho o soneto forte e bem ritmado. Ponto.
Com certeza sou dos que menos sabem e conhecem de poesia.
Pouco me importa, importa que li e gostei.
André, corrigi o erro ("m" antes de "t" é cruel hehehehehehehe).
Obrigado a todos!
Muito bom mesmo! Palmas.
Puxa,esses sonetos do Sr Gato Preto me deixam tonta...a faca no peito veio a calhar...rsss e eu tb sinto-me carne podre dentro de caixão.....ler espelhos-lindo gato!
tua poesia é bela. sou fãn.
Eu ainda n tinha comentado esse?! Muito bem feito. Parabéns.
O autor, após ser expulso desse Blog por divergir em idéias do dono do local, exige que seus poemas sejam apagados. Este blog não tem mais permissão para exibir meus textos. Aguardo pacientemente a remoção dessa poesia.
Grato.
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