Por Anderson H.
tuas dores,
dunas ao vento,
me arrastam.
.
não sou imune
à força
que te esfola
os joelhos,
à força
que te esfola
os joelhos,
.
não me ausento
do espelho
em que te penteias,
do espelho
em que te penteias,
.
não me afasto
das tuas veias,
da tua carne
e do teu couro:
das tuas veias,
da tua carne
e do teu couro:
.
- o recorte
do sertão deserto
cimitarra
em nosso sangue mouro!
do sertão deserto
cimitarra
em nosso sangue mouro!
.
Anderson
9 comentários:
Falar de heranças, da figura paterna, de seu sangue é um resgate incrível, feito em versos como seu, alcanças o apogeu poético de encontrar-se, perdendo-se em sua própria dimensão, lindo...
uau, sangue mouro? deve ser sua origem a especialidade na poesia.
Reflexo de espelhos hereditários, o amor que vem da areia e do sangue nos joelhos (quando se está de quatro!) saltou aos meus olhos quando li essas linhas. Beleza!
Incrível, difícil de escrever, me inveja aescrita e o sentimento que é tão difente do meu, o oposto certamente.
Bravo!
MJ
Cimitarra, "pexera" rasgando a veia grossa do sangue ralo! Maravilhoso, como toda sua escrita!
Anderson, adoro tuas coisas. Cada vez mais talentoso. Tens uma característica que apaixona, uma coisa de terra, regional. Beijos
ARQUITETO
Construir uma noite é fácil demais
Basta juntar todos os pesadelos
E deixar-se embriagar pelos luares
Desembaraçar estrelas aos novelos
Tecendo distantes constelações
Nos nadas azuis do firmamento imóvel
Até que as distâncias unifiquem os tons
Parindo do escuro a negritude móvel.
Mais complicado é inventar o dia
Tem-se que ser operário da luz
Colher claridade do claro que se irradia
E bordar da luz do sol pontos de cruz.
Um abraço
Naeno
www.poemusicas.blogspot.com
Anderson, incrível como bom é
eaiaehiaehe
flew!
parabéns, mais uma vez...
Esse estilo, eu não canso de me encantar. Sucesso, poeta!
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