Incrustando-se na areia fina,
Pesada e úmida.
Rotina das mariposas, dos crustáceos
E aves noturnas de rapina.
Barcos abandonados adormecem.
Outros, singram profundezas atlânticas
Entre o sonho e a escuridão,
Seguidores de cardumes,
Cartas náuticas ou metáforas e semânticas.
Um pescador lança a tarrafa.
Os pés afundam-no na teia
Na trama do arrasto de ondas seculares
A deflagrar fogueira.
Reflexo das explosões solares,
Ascendente chama purpurina.
Incandescente espelho, vertigem,
Peixe-pássaro de fogo, lamparina.
Adensa-se na amplitude
A embarcação que retorna.
Crianças correm e, logo,
Com vagas ao entorno
A canoa repousa o seu cansaço,
Emaranhada pela luminosidade da noite
Que amanhece com o horizonte salgado
Mergulhado na lua cheia.
7 comentários:
benvinda, ângela, boa estréia!
...Cartas Náuticas ou metáfora e semânticas...
Belas imagens, bem entremeado o poema, gostei muito.
E esteja em casa.
ficanapaz
Grata pela leitura, comentários e acolhida.
Navegar neste espaço do BDE é uma grande honra pra mim.
Saudações Poéticas e Etílicas!
Aí, fez bonito Angela. Gostei de tua estreia e de teu nome, lindo nome. Seja bem vinda. Beijos
Li com muita atenção. Bem contruída.Acredito que tenha um estilo novo e própio.
Belíssimas imagens
Classificação Fiscal, NCM, Software
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