nuvens embriagadas
no chão do céu deitadas
sorriem-me do avesso.
eu, parado,
sorrindo de volta,
tremo e estremeço!
querem amor,
sou desilusão...
- aqui, meu ópio,
velho e querido cão!
abana o rabo,
dá a pata,
finge amor
e revira a lata
das vertigens,
dos vestígios.
nuvens embriagadas
no chão do céu deitadas
dizem-me adeus – precipícios!
vão no vento
e eu
na estrada,
no pó dos olhos
da minha amada,
ateus,
como a de Vinícius.
4 comentários:
bom de se gostar!
coisa linda, mizi fi. poemaço!
Gostei muito! Cuidado total com a palavra e o sentimento. O final é que me escapou... não peguei os dois últimos versos.
Reverências! Lindo!
Postar um comentário