domingo, 14 de outubro de 2007

Campana dos desalentos

Vejo os rebentos
Deste país e seus desalentos
Vejo a herança africana
Que se perpetua e se dana
Vejo isso pelos olhos remelentos
Pelas lágrimas de seus lamentos
Vejo a miséria humana
Desde o corte da cana
E até na semente dos seus nascimentos
Vejo tudo sem os grandes intentos
Salvadores do neto de Santana
E são dores quentes que não abana
Nem o vento da esperança
......................[dos sagrados Testamentos
Dormem sob frios firmamentos
Pálidos como xícaras de porcelana
Sem uma prece que faça soar a campana
Tímida dos seus estrondosos tormentos
Muitos vivem na ignorância dos acontecimentos
E eles, uma vida que desengana
São como os rebentos do tempo
......................[em que a Terra ainda era plana

4 comentários:

Muryel De Zôppa disse...

Nosso grito é análogo.

MPadilha disse...

Caramba! Eu tava com saudade de um assim, dos seus, dos velhos tempos. Adoro seus poemas, tem mensagem, tem contestação, revolta, tem personalidade. Beijos

Anônimo disse...

Formato muito bacana.

Angela Gomes disse...

profundamente apreciado.