No Diário Oficial da União
Da minha vida,
Sancionou-se o Decreto-Lei
Que extinguiu Olinda.
É como se voltasse no tempo
E o vento sussurrasse
Ao ouvido de Duarte Coelho,
Lá no Alto da Sé,
Para não exclamar "Oh Linda!",
Pois no futuro estão reclamando.
Sim, eu sei que a cidade
Dá saudade
Aos foliões turístas
E encanta quem canta
Os frevos pelas ladeiras
Íngrimes.
- tão íngrimes como a da Misericórdia
onde até lagartixa
ao subi-la
cai de costas -
Mas Duarte Coelho não havia visto
O sol bater nos teus olhos
No alvorecer.
Nem mais ninguém.
Por isso no meu Diário Oficial
Olinda feneceu com seus
Encantos.
E agora ao ver-te
Vou sair pelas ruas frevando:
"Oh linda,
Quero cantar..."
André Espínola
3 comentários:
!! Muito Bom !!
Muito belo o poema, meu amor. Obrigada por tanto carinho e por ser tão doce. Amo você!
Deu até vontade de conhecer Olinda!
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