Por voltas e voltas
em torno da própria cabeça
idéias perdidas perambulam
soltas no espaço
à espera de uma janela
uma entrada
para pousarem salvas
do pensamento dos outros:
idealistas, empreendedores, loucos,
não irão nunca jamais
repensar o pensar condensado
preso, retido,
pensado
tempos antes da invenção da consciência.
4 comentários:
Belo texto Deveras, só tem um errinho de ortografia: vc escreveu "idealialistas" em vez de idealistas.
Um erro de digitação, na verdade. :-)
Essa poesia... Ela é um tanto opalina. De certo ângulos, vc consegue um brilho perolado, mas no todo, é opaca.
Como uma opala, ela é amorfa, o que passa uma idéia de simplicidade, mas na verdade é muito difícil identificar de imeadiato sua estrutura. Justamente como numa sopa de idéias, em que, se mergulharmos, só não nos tornamos loucos se formos gênios.
Essa poesia é mesmo como uma opala, cuja lapidação não é possível. Se lapidássemos, poderia até ficar mais bonita, mas o risco de estragar (destruir) é grande.
Fica assim: uma opala.
É um opala, seis cilindros, quatro rodas, porta malas espaçoso, conforto para toda a família.
lembrei-me do cara na cabeça do Jon Malko.
Profundo!
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