A fome que me comia
A fome me visitava
Todos os dias...
Eu me recusava a abrir a porta
Com medo que ela se instalasse
Pra sempre em minha casa...
Não adiantava;
Ela insistia e vencia,
Sempre!
Entrava e ficava, e permanecia...
E me comeu.
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Valdeck Almeida de Jesus nasceu em Jequié/Ba, em 15 de março de 1966, fez o primário e curso médio em Jequié. Ingressou na Faculdade de Letras da UESB e concluiu um semestre. Ingressou na Faculdade São Salvador e concluiu três semestres de Turismo. Cursou inglês e espanhol no FISK, por três anos e meio. Está cursando Jornalismo na Faculdade Social da Bahia. Lançou os seguintes livros: "Heartache Poems. A Brazilian Gay Man Coming Out from the Closet", Editora iUniverse, New York, USA, 2004; "Feitiço Contra o Feiticeiro", Editora Scortecci, São Paulo, 2005; 20% da renda doada às Obras Sociais de Irmã Dulce; "Memorial do Inferno. A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden", Editora Scortecci, São Paulo, 2005; 1ª edição – 100% da renda doada às Obras Sociais de Irmã Dulce; "Jamais Esquecerei do Brother Jean Wyllys", Casa do Novo Autor Editora, São Paulo, 2006; "1ª Antologia Poética Valdeck Almeida de Jesus", publicada pela Casa do Novo Autor Editora, São Paulo, 2006; "Memorial do Inferno. A Saga da Família Almeida no Jardim do Éden", Giz Editorial, São Paulo, 2007 – 2ª edição; 20% da renda doada às Obras Sociais de Irmã Dulce; Participa de mais de vinte antologias de poesias.
Site pessoal: www.galinhapulando.com
13 comentários:
Fome. Em um país que é um dos maiores produtores de grãos do mundo, tal palavra deveria ser riscada do vocabulário...
Belo poema.
ficanapaz
Texto simples e muito bem escrito. Boa participação.
Obrigado amigo Mão Branca pela publicação do meu poema no seu blog.
Abração.
Valdeck A. de Jesus
www.galinhapulando.com
Amigo Valdeck,
Essa fome é de matar!
Mas, agora, faz-se pão,
pois, à mesa deste bar,
este assunto é comunhão.
Valquíria Malagoli
Jundiaí/SP
Pois é, Valdeck, num país rico como o nosso, o poeta ter que falar de fome é tão imoral quanto nossos políticos desonestos que desviam até verbas públicas da merenda escolar. Você deveria estar falando das nossas belezas naturais, das nossas mulheres, enfim, de assuntos com os quais os poetas deveriam se ocupar. Triste Brasil, esse, em que os poetas têm que tentar chamar a atenção para a tragédia que é a fome!...
Grd abraço!
Infelizmente este tema precisa ser abordado na literatura como forma de denúncia social.Muito bem colocada a personificação da fome no poema. Quantas famílias são visitadas todos os dias no nossso país todos os dias pela vil fome?
A respeito disso segue um fragmento do poema BICHO HOMEM, da antologia Letras Reunidas-2004.
O homem é um bicho
Que trabalha, produz
E morre de fome
Vera Leite
Uma reflexão sobre o trabalhador que não é digno do seu pão "em um país que é um dos maiores procutores de grãos" como falou nosso colega. Vlw!! grande abraço
Querido amigo Valdeck:
Seu poema é muito realista haja visto a fome campeia no mundo.
E ela sempre bate em várias portas todos os dias e na maioria consegue entrar.
Seja feliz
Fica com Deus
Antonio Fagundes
Valdeck
Amei tua maneira simples, direta e até poética de falar de um dos maiores problemas mundiais que é a danada da fome.
Beijos no coração
Seu poema traduz o conflito entre vencer e ser vencido, no caso da fome o conflito se estende nesse imenso oceano de desigualdades que vigora em nosso país! Seu poema transmite a agústia, a impotência que dilacera a subjetividade daquele que sente fome, o ser e o naõ ser, a luta por viver! Eu amei e vou usá-lo como citação em meus trabalhos sobre o tema!
Bem real seu poema amigo,sempre em frente e muito sucesso,bjs estarei divulgando suas palavras,bjs!!!
Poema bonito apesar do tema triste! Parabéns!
Um abraço.
Valdeck sua fome é apenas cultural.
Graças a Deus aquela outra vc já superou.
Mas valeu como incentivo pelo combate à fome.
Sucesso.
Valdeck sua fome é apenas cultural.
Graças a Deus aquela outra vc já superou.
Mas valeu como incentivo pelo combate à fome.
Sucesso.
Ass:Fernando garcia
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